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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Talento que se mostra


segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Talento que se mostra  
Talento é uma coisa mágica que faz toda diferença. Uma foto pode registrar uma bela imagem, tirada ao acaso por qualquer pessoa que por sorte consegue uma maravilhosa imagem. Mas o talento não trabalha com o acaso. O talento se mostra com frequência, em várias direções: na escolha do ângulo, do foco, do momento exato, da intensidade do clik. Enfim em tudo tem que ter uma pincelada do talento.  Se não for,  a magia não se repete, se resume a uma única foto linda tirada ao acaso. Nas fotos da jovem artista Margleice Pimenta o encanto da bela foto é recorrente, e isso a faz receber elogios frequentemente por suas fotos magníficas . Vamos conferir...










 







Texto de Marina Bravia
Fotos de Margleice Pimenta: 
margpepelite.blogspot.com.br
Fonte
Margpepe Fotografia
http://pt-br.facebook.com/pages/Margpepe-Fotografia/1431561137056459?sk=timeline.
Fonte: http://nossoliterariobloguinho.blogspot.com.br/2014/08/talento-que-se-
 mostra.html

Querida, grata pelo belíssimo texto. Obrigada mais uma vez pelo carinho e atenção. Me sinto honrada com esse mérito. Me emocionei com as suas palavras. Olha que eu nunca fui muito boa com as palavras. Mas, com o tempo, a vivência com pessoas queridas, elas vão brotando fio a fio.
A natureza, o Sertão, em modo geral, está na essência. Como disse: Guimarães Rosa, "O sertão está em toda parte, o sertão está dentro da gente. Levo o sertão dentro de mim e o mundo no qual vivo é também o sertão".
O primeiro olhar se deu pelas minhas lentes naturais. Toda a minha infância se construiu através do manuseio com a terra no campo. Vivenciar tudo isso, hoje em dia, complementa a vida na zona urbana. Os seus contrastes no dia a dia.
Os que tiveram a oportunidade de sentir tudo isso, mesmo que tenha sido em períodos de férias na casa de avós, é muito significativo para o bem estar. O retorno para casa cheio de 'causos' para contar para os colegas de sala de aula e professores. Faz me lembrar do seriado de TV do Sítio do Picapau Amarelo (Monteiro Lobato). Cheguei a assistir alguns capítulos...mas revi alguns postados no youtube.
Hoje, as crianças não têm o sabor de vivenciarem as brincadeiras ao ar livre sem sentir medo ao colocar os pés na rua. São outrem tempos.
Mas, sempre que possível, estarei com as minhas lentes (naturais e artificiais) a promover essa memória. Grata mais uma vez ao NLB, por compartilhar desses momentos únicos!
Um fortíssimo abraço,
Margleice Pimenta (23 de agosto de 2014)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Branquinha


O que mais chamava a atenção nessa gatinha (Branquinha), era o lado selvagem desde o nascimento pertinho de casa em um lajedo/lajeiro. Da cria, nasceram duas, branquinhas e de olhos azuis. A quem será que puxaram!? Talvez ao pai...a mãe era muito reservada. Nos seus passeios, já chegava de ''barriga cheia''. As duas últimas, foram uma prenhe atrás da outra. Foram somente o período da gestação que dura 65 dias. Logo mais, surgiu com mais uma filharada com 4 filhotes (todos eles nasceram no lajedo - a gata entrava em casa, somente para se alimentar).
Há mais de dois meses, todos eles tomaram rumo desconhecido. Envenenamento, acredito que seja zero. Há possibilidades de ataques por cães de caçadores (durante a noite ou dia - alguns realmente fazem arruaças para ver o ataque do animal inferior àquele que é treinado para atacar sem piedade.


Margleice Pimenta(24.08.2014) 

domingo, 1 de junho de 2014

Um mês sem Nilton Maciel


No mês de abril, postei esse convite sobre o I Encontro Cearense de Literatura Fantástica (ECLF), que ocorreria em Sobral - CE.  Um dos convidados seria o Nilton Maciel. Então, nas datas previstas, um fato chamaria a atenção dos escritores envolvidos: a ausência do Nilton. 
No dia 30/04, descobriu-se que ele havia partindo para o plano celeste. Ele havia compro a passagem de ônibus para a viagem literária no interior do Ceará. O amigo Raymundo Netto, foi o primeiro a tomar conhecimento e levar a triste notícia para os familiares e amigos. 


Um mês se passou, foi em 30 de abril de 2014, desde que chegou a Palma e ao mundo adjacente a notícia do encantamento do escritor e guerreiro de Monte-Mor Nilto Maciel.
Muito se falou sobre isso. Como as pessoas, muitas delas, não o conheciam além das fronteiras de páginas de suas obras, deram a pensar em um certeiro suicídio, pois era escritor e morava sozinho, como se esses elementos se bastassem para justificar o ato.
Outros pensaram e até comentaram sobre a negligência da família em "largar" aquele "grande escritor" sozinho, à própria sorte, o que deixou a sua família, naturalmente já desolada com a perda e a forma inesperada como se deu, ainda mais abalada.
Quero, então, aproveitar o momento para dizer o que digo a todos:
Nilto Maciel foi um afortunado. Viveu como escolheu viver. Mesmo com a insistência da família em levá-lo a Brasília, onde a esposa e a maior parte das filhas (são quatro) residiam, ele OPTOU em ficar no Ceará, terra onde foi gerado, inclusive literariamente, onde reconhecia seu chão. Morava só, porque precisava da solidão para compor, a qualquer tempo e hora, o que quisesse, não estando preso a nenhum compromisso doméstico, ou a coisa alguma. Rejeitou a proposta da família de ter uma doméstica em casa, pelo mesmo motivo. Assim como também recebia a poucas pessoas, e o fazia quando elas traziam conversas sobre literatura, seu mundo particular. Mesmo dessa forma, geralmente, não gostava de "visitas surpresa". [...]
"A Literatura é cachaça que não faz mal. Abraço de um cachaceiro viciado desde menino e que vem se mantendo vivo por isso.(Nilto Maciel, para um leitor)

"Se pudesse, viajaria até Brasília. Mas com medo de avião (agora tenho mais, depois de saber de mortes ocultadas de passageiros com problemas de coração, em voos).
Não quero morrer no ar. Não quero na terra. Não quero morrer na água. Não é justo morrer, como dizia Gabriel García Márquez [morto em 17 de abril de 2014]. Tenho tanto a pensar, a escrever, a ler, a viver!" (dia 21 de abril, menos de 10 dias de sua passagem)

Raymundo Netto