Batista de Lima é, na concepção de Schiller, um ''poeta sentimental'', pois, ''pratica uma poesia de caráter reflexivo, filosoficamente comprometida com seus próprios meios de expressão e realização''. Neste novo livro, sobretudo, ele filosofa, silencia, perscruta, recorda, celebra, faz declarações de amor. brinca com as palavras, seduze-as, apascenta-as e confirma seu nome na poesia cearense contemporânea. Suas múltiplas vozes e não apenas domam os relâmpagos, mas acendem as luzes intemporais do sol invisível de cada coisa e abrem portas para celebrar a vida!
Prefácio de 'O Sol de Cada Coisa'
Aíla Sampaio
Professora, escritora e poetisa.
Foto: Margleice Pimenta
O sol de cada coisa
Há um sol
que se esconde
em cada coisa
Há um sol
que se anuncia
antes do sol
Sol e sal
sangram poesia
pelos poros do poema
Batista de Lima (In: O SOL DE CADA COISA, 2008)