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domingo, 18 de outubro de 2009

O mesmo enredo 


Fhoto: Gislane Mota  

Há nos olhos teus

uma centelha divina

que ilumina os meus.

Basta que me olhes,

e me percorrem luzes

e me acorrentam fios invisíveis

a um porto suspenso nas nuvens.


Andamos pelas ruas

de mãos dadas, quando adormeço...

vamos vestidos num tecido de sonhos

que parece nos embalar

nas gôndolas de Veneza.


Cruzamos a Ponte dos Suspiros,

e só então acordamos

com o silêncio da correnteza

em que deslizam nossos desejos.


Vão-se as águas, ficam os meus desertos,

mas pouco importa a realidade em que desperto

ou a cidade em que amanheço,

o enredo da história que reescrevo

é sempre o mesmo: começa pelo fim

e finda no começo... 


Aíla Sampaio

Fonte : http://literaila.blogspot.com/

2 comentários:

Aíla disse...

Fiquei feliz de me ver aqui, querida!
beijo

Margleice disse...

Aíla, você foi a primeira pessoa que me vez enxergar esse mundo da poesia e que ainda estou dando os primeiros passos. É a forma mais simples de retribuir o gesto de sua amizade. beijo