O mesmo enredo
Fhoto: Gislane Mota
Há nos olhos teus
uma centelha divina
que ilumina os meus.
Basta que me olhes,
e me percorrem luzes
e me acorrentam fios invisíveis
a um porto suspenso nas nuvens.
Andamos pelas ruas
de mãos dadas, quando adormeço...
vamos vestidos num tecido de sonhos
que parece nos embalar
nas gôndolas de Veneza.
Cruzamos a Ponte dos Suspiros,
e só então acordamos
com o silêncio da correnteza
em que deslizam nossos desejos.
Vão-se as águas, ficam os meus desertos,
mas pouco importa a realidade em que desperto
ou a cidade em que amanheço,
o enredo da história que reescrevo
é sempre o mesmo: começa pelo fim
e finda no começo...
Aíla Sampaio
Fonte : http://literaila.blogspot.com/
2 comentários:
Fiquei feliz de me ver aqui, querida!
beijo
Aíla, você foi a primeira pessoa que me vez enxergar esse mundo da poesia e que ainda estou dando os primeiros passos. É a forma mais simples de retribuir o gesto de sua amizade. beijo
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